PROTESTO CONTRA A COPA DEIXA 260 DETIDOS

A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou na tarde deste domingo (23) que o total de detidos na manifestação contra a Copa do Mundo chegou a 260, sendo 43 menores. Todos já foram liberados.
A informação divulgada para a imprensa até a manhã deste domingo (22) era de 230 detidos. O número de pessoas levadas para delegacias é recorde em protestos em São Paulo. Essa foi a primeira vez também que o "pelotão ninja" da Polícia Militar, especializado em artes marciais e sem armas de fogo, atuou em uma manifestação. 
Ainda de acordo com a SSP-SP, dentre os motivos das detenções estão lesão corporal, resistência, desacato a autoridade, porte de arma, dano qualificado e ameaça. 
Entre os detidos na noite deste sábado (22) também estavam seis jornalistas — quatro repórteres e dois fotógrafos — que faziam a cobertura da manifestação. A secretaria não confirmou essas detenções.
Profissionais da imprensa também ficaram feridos durante a cobertura. A jornalista do Estado Bárbara Ferreira Santos foi detida e levou um golpe de cassetete de um PM na cabeça. O repórter fotográfico do Estado Evelson de Freitas também foi golpeado por um cassetete na mão.
Sérgio Roxo, de O Globo, foi dominado com uma gravata e jogado ao chão. O fotógrafo Bruno Santos, do portal Terra, teve o equipamento quebrado por um cassetete e também ficou ferido na manifestação. 
Às 20h30, os primeiros jornalistas foram soltos. A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) repudiou a ação, como afirma o presidente da entidade, Celso Schröder.
— Não é possível que a polícia paulista continue a praticar a brutalidade que vem praticando. A polícia não pode decidir o que deve ser divulgado.
Protesto
O ato, no centro de São Paulo, foi marcado por cenas de vandalismo e confronto entre manifestantes e policiais militares. Ao menos oito pessoas ficaram feridas durante o protesto: cinco policiais, dois manifestantes e um fotógrafo. 
Os manifestantes foram fotografados e fichados. Para advogados, é uma tática de intimidação. A nova estratégia da PM era apoiada pela Tropa de Choque e por um helicóptero. O objetivo era isolar os black blocs.
O protesto começou por volta das 17h na praça da República e reuniu cerca de 1.000 pessoas, segundo a Polícia Militar. Os manifestantes percorreram diversas ruas do centro de São Paulo. O tumulto começou às 19h30. Os PMs cercaram um grupo de manifestantes na Rua Xavier de Toledo, no centro. No momento da detenção, nenhum deles estava cometendo vandalismo. A PM, porém, informou que só agiu após os primeiros atos de depredação.
Os policiais apanharam os manifestantes com golpes de artes marciais, como o chamado "mata leão", e desferiram golpes de cassetete. Eles retiravam um a um os manifestantes do meio do grupo. Até uma mulher sem máscara foi imobilizada pelos PMs e jogada ao chão.
A ação dividiu os manifestantes em dois grupos. Uma parte deles, formada principalmente por black blocs, correu para o viaduto do Chá, quebrando lixeiras, depredando duas agências bancárias e orelhões. Também atacaram PMs com paus e garrafas. O segundo grupo voltou à praça da República, local de origem do protesto, e caminhou pacificamente para a rua da Consolação.
Enquanto isso, os policiais reuniam os detidos na rua Xavier de Toledo, entre as rua 7 de Abril e o viaduto do Chá. Um cordão de isolamento dos PMs impedia que qualquer pessoa visse ou filmasse o que estava acontecendo com os detidos.
Fonte: r7

Nenhum comentário:

Postar um comentário

rpf . . Copyright © 2014 - 2015

Tecnologia do Blogger.