Segundo o Portal 180° foi velado na manhã desta segunda-feira (08/06) em Castelo do Piauí o corpo da jovem Daniele Rodrigues, de 17 anos, uma das vítimas dos abusos praticados por cinco homens, sendo quatro adolescentes, em crime ocorrido no dia 27 de maio. Ela estava internada no Hospital de Urgência de Teresina e teve óbito confirmado na tarde deste domingo (07), às 17h30.
O velório da adolescente aconteceu na Igreja Matriz Nossa Senhora do Desterro. A cidade, que já amargurava a revolta pelo crime, agora lamenta pela perda da garota e o clima foi de completa comoção nesta manhã. O dia amanheceu chuvoso o que contribuiu ainda mais para o clima melancólico entre os moradores de Castelo do Piauí. O velório seguir por toda manhã e o sepultamento aconteceu ainda nesta segunda-feira.
O governo do Estado emitiu nota de pesar diante da morte da garota. Assinada pelo governador Wellington Dias (PT) e a vice-governadora Margarete Coelho (PP), a nota fala à família de Daniele e traz uma reafirmação do governo em combater a violência. "O Governo do Estado do Piauí manifesta seu pesar e sua solidariedade à família da jovem Daniele Rodrigues, uma das vítimas do notório crime ocorrido em Castelo do Piauí. Daniele, que estava internada no hospital de Urgência de Teresina (HUT), faleceu na tarde deste domingo (07). Ao passo em que presta seu apoio, o Governo reitera o seu compromisso com a justiça e reafirma todo o seu empenho na apuração e resolução do crime", traz a nota.
Nas redes sociais são muitas as manifestações de solidariedade com a família da adolescente. Muitos, revoltados com a brutalidade do crime sofrido por ela e mais três amigas. A morte de Daniele reforçou ainda mais o desejo da sociedade de que os quatro adolescentes apreendidos pelo crime e o maior Adão de Sousa, de 40 anos, sejam punidos na forma da lei.
NÃO RESPONDIA AOS ESTÍMULOS
Depois que os sedativos foram retirados não houve nenhuma resposta aos estímulos. Com temperatura e pressão baixas o hospital ainda não podia abrir o chamado "protocolo de morte cerebral". Para a abertura do protocolo era necessário o que os médicos definem como estabilidade clínica, o que não ocorreu. As reavaliações feitas de seis em seis horas foram encerradas nesta tarde, depois que o óbito foi confirmado.
A garota de 17 anos, que foi brutalmente violentada físico e sexualmente, estava internada desde o dia 27 de maio, quando foi encontrada junto com mais 3 amigas no Morro do Garrote, em Castelo do Piauí. Elas tinham saído de casa para fazer um trabalho da escola e tirar fotos do local que é ponto turístico. Foram abordadas então por quatro adolescentes e Adão de Sousa, de 40 anos. Rendidas, elas foram amarradas, violentadas sexualmente e depois jogadas do alto do morro.
Em seguida, foram apedrejadas pelos garotos, no intuito de "terminarem o serviço".
Segundo Dr. Gilberto Albuquerque, a menina não era nem a que mais preocupava os médicos nos primeiros dias de internação. Ela teve diversas hemorragias internas com a consequente formação de coágulos. Assim que o sangue começou a descoagular, segundo o diretor do hospital, a menina apresentou diversos sangramentos. Foi sedada, encaminhada para a UTI, e hoje acabou morrendo.
Oficialmente, na noite deste domingo, o HUT emitiu o seguinte comunicado: "A paciente sofreu trauma de face, pescoço e tórax, realizada a cirurgia do pescoço no mesmo dia e a da face no quinto dia. Evoluiu no sexto dia com sangramento torácico, que após 3 cirurgias e sedada na UTI não conseguiu reagir". Toda equipe está comovida com a morte da adolescente. O próprio diretor do hospital, na semana passada, chegou a gravar um vídeo pedindo doações para a adolescente que precisava de transfusões de sangue.
Em relação ao estado de saúde das outras duas jovens internadas no HUT, o quadro de saúde delas é considerado estável e no momento as duas estão sem risco de morte.
INVESTIGAÇÕES SEGUEM E ACUSAÇÃO SE AGRAVA
Com a morte da garota, a situação dos cinco acusados de envolvimento nos abusos e agressões contra as quatro garotas, agora ficará ainda mais complicada. Eles, que já eram acusados de estupro e tentativa de homicídio, agora terão de responder pela morte da jovem de 17 anos.
"Agora eles responderão por homicídio qualificado, e a qualificadora é feminicídio, morte por elas serem mulheres", explica o delegado Laércio Evangelista, que coordena as investigações sobre o caso. Ele confirma ainda que nesta segunda-feira o inquérito será encaminhado a Justiça, que tem prazo de 45 dias - a contar do dia do crime - para julgar os quatro adolescentes que foram apreendidos. Adão de Sousa é apontado pelos adolescentes como mentor dos abusos.
Fonte: 180 graus
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