A falta de locais públicos para sepultamento tem sido um dos
problemas de planejamento da cidade. Poucos são os locais disponíveis e a
maioria dos cemitérios da capital encontra-se sem vagas. Quando existem locais
disponíveis, alguns deles constam apenas espaço para famílias que já possuem
alguma cova e podem sepultar parentes em gavetas já existentes.
Na zona Sudeste, há dois cemitérios, dos quais, o do Bairro
Renascença , que conta com capacidade para 8.500 covas, e restam apenas 20
vagas. Em outras palavras, já totalizam 18 mil sepultados no local e no
Cemitério São Sebastião, o total de locais disponíveis somam 60 vagas.
Já na região Leste da cidade, no Cemitério São Judas Tadeu,
localizado no Balão do São Cristóvão, já não existem mais vagas, estando
ocupados 5.386 locais. O mesmo acontece no cemitério do bairro Pedra Mole, que
está com capacidade total ocupada – ou seja, 2.600 covas – e no Bairro Morros,
onde todas as 830 vagas já foram disponibilizadas para a população.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
No Cemitério São José, 8.700 sepulturas estão ocupadas. Não há crematório em Teresina
Na zona Sul, o Cemitério da Vermelha não tem vagas e o do
Bairro Areias – que tem capacidade para 1.500 covas – está interditado por
conta de contaminação do lençol freático. Já o Cemitério Santa Cruz conta com
50 vagas e está passando por processo de perpetuidade.
A área localizada no norte da capital é uma das que se
encontra em situação de maior necessidade de demanda. Nessa região, são cinco cemitérios
públicos, o maior deles é o Santo Antônio, do bairro Buenos Aires, com
capacidade para 16.700 sepulturas e que, segundo o administrador do Cemitério,
Francisco Ferreira, já estão ocupadas 15 mil do total de locais disponíveis.
“A demanda é muito grande e todo dia aparecem pessoas
procurando por vaga. O Cemitério atende a população de toda a região norte de
Teresina, inclusive pessoas de outros bairros, como Promorar e Areias têm se
deslocado até o Buenos Aires para sepultar seus entes queridos”, informa
Francisco Ferreira.
Ainda de acordo com o administrador, a demanda tem aumentado
muito e em cerca de três anos, as vagas que ainda existem no Cemitério do
Buenos Aires devem se esgotar.
Fonte: Portal O Dia
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